Defesa de Braga Netto pede acareação com Mauro Cid
16/06/2025
(Foto: Reprodução) Advogados do general alegam que as versões do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) "são contraditórias". A defesa do general Braga Netto pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (16) que ele seja colocado frente a frente com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), em uma acareação.
No documento enviado ao STF, os advogados do general afirmam que há "contradições insanáveis" entre as versões apresentadas até aqui e pedem a "realização urgente da acareação entre os dois".
A defesa de Braga Netto pede:
acareação com Cid;
suspensão da ação penal do núcleo 1 até que o término da instrução dos demais núcleos, pois tudo tem relação;
prazo pra defesa terminar de analisar os arquivos apreendidos pela PF.
O pedido foi feito depois que Cid relatou, em depoimento, que participou de reuniões com Braga Netto para discutir a minuta de um decreto golpista — o mesmo que previa a prisão do ministro Alexandre de Moraes e a convocação de novas eleições.
Braga Netto, que foi ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, nega ter envolvimento com o plano golpista. Segundo sua defesa, as declarações de Mauro Cid não condizem com a realidade dos fatos e carecem de provas.
"As versões apresentadas em juízo não se coadunam com a realidade dos fatos, sendo necessário que os depoentes sejam acareados para que a verdade real seja revelada", diz a petição.
Nesta segunda-feira, a defesa do ex-presidente Bolsonaro pediu a anulação do acordo de delação premiada de Cid. Os advogados usam como base reportagens da revista Veja que apontam que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro teria usado perfis numa rede social para revelar termos das tratativas do acordo e reclamado da atuação dos investigadores.
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O pedido deve ser analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado articulada após as eleições de 2022.
Cid firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal e passou a colaborar com as investigações. Ele tem citado Braga Netto como uma das figuras que participaram das tratativas para impedir a posse de Lula.
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